Em Frente Parlamentar da Câmara, empresários da indústria plástica expõem dificuldades por falta de mão de obra especializada

Em Frente Parlamentar da Câmara, empresários da indústria plástica expõem dificuldades por falta de mão de obra especializada

30 DE Setembro DE 2021
  • Frentes Parlamentares
  • 2021

  • A Frente Parlamentar em defesa de políticas públicas para os pequenos empreendedores de Blumenau se reuniu, na manhã desta quinta-feira (30), no Plenário da Câmara, para ouvir os anseios e as dificuldades dos empresários da cidade, especificamente da área da indústria. Estiveram presentes o presidente da Frente, Almir Vieira (PP), o vice-presidente Bruno Cunha (Cidadania), e o relator Carlos Wagner – Alemão (PSL); além do diretor de Micro e Pequenas Empresas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Nilson Passarin, o representante da Praça do Empreendedor, Anderson Veiga e os empresários Juliano Kreutzfeldt e João de Paula. As entidades do sistema S, como Senai, Sesi e Fiesc, não mandaram representantes.

     

    O presidente Almir Vieira explicou que a ideia do encontro foi ouvir a apresentação dos empresários da indústria plástica e conhecer as dificuldades e os anseios, principalmente na questão da falta de mão de obra. Apontou que o mercado está aberto esperando por profissionais capacitados. Adiantou que esse encontro também pode servir para começar a se discutir parcerias público-privadas entre empresas, o poder público e a Fiesc para a realização de cursos e capacitação de profissionais, nas quais o poder público poderia estar cedendo o espaço, e o sistema S também poderia colocar na grade curricular o oferecimento de cursos nesta área.

     

    O diretor da Indaplast, Juliano Kreutzfeldt, apontou que a indústria está enfrentando algumas dificuldades, mas que a principal é a falta de mão de obra especializada. Informou que a empresa é jovem, com dois anos de existência e passou por dificuldades e precisou se reinventar no cenário de pandemia. “Dificuldades de matéria-prima, insumo caro, dificuldade de acessibilidade e também a mão de obra escassa. Mas estamos sobrevivendo. O mercado está crescendo cada vez mais e com uma demanda extremamente volumosa”, relatou. Afirmou que a empresa trabalha e acredita no processo de ensino-aprendizagem, que atua no desenvolvimento através do aprendizado, fazendo capacitações, mas que em determinados momentos se faz necessário um processo mais acelerado para que o produto final seja entregue de forma rápida para o cliente, obedecendo as cláusulas contratuais.

     

    Kreutzfeldt explicou que fabrica material para o segmento de cama, mesa, banho, brinquedos e outros. Apontou que, atualmente, a empresa conta com 14 colaboradores trabalhando no primeiro turno e está contratando mais sete, com a ideia de expandir, mas disse que é preciso planejamento. “Nós temos a ideia de expandir para outros mercados, mas precisamos de mais mão de obra especializada. Nós prezamos por excelência. Antes de pensar na expansão, seguimos a linha de entregar menos, mas entregar com qualidade, com eficiência e cumprir os prazos. Devido à falta de mão de obra especializada precisamos diminuir o ritmo de crescimento e, consequentemente, de geração de emprego e de oportunidades”, lamentou.

     

    Também informou que a empresa está trabalhando para aliar a inovação tecnológica com a indústria dentro de um conceito da cadeia produtiva. Ele também apresentou uma embalagem que é desenvolvida pela empresa e explicou o quanto requer uma mão de obra especializada. “Para o profissional que está começando e vem da área têxtil para o plástico, por exemplo, leva em torno de 12 meses para apresentar resultados de alta produtividade. Isso é bastante tempo e, às vezes, a necessidade é imediata e precisa acontecer mais rapidamente. Isso demonstra o elevado grau de complexidade que é manusear este tipo de material”, explicou, acrescentando que capacitar e treinar é importante e faz parte do processo de inclusão, mas que, em determinados momentos, é preciso de um ritmo acelerado e de pessoas já capacitadas.

     

    Em relação ao questionamento do vereador Alemão sobre se este material é reciclável, o também diretor da Indaplast, João de Paula, explicou que o material tem na sua composição aproximadamente de 20% a 30% de reciclagem e 70% é de material virgem. “O tipo de plástico que utilizamos é o PVC, é um dos plásticos mais atóxicos no mercado e com maior índice de reaproveitamento e da reciclagem. É o mesmo material utilizado para fazer as bolsas de transfusão de sangue e bolsas de urina utilizadas em hospitais. É um plástico com maior usabilidade no mundo e que poucas pessoas conhecem e que na nossa região é utilizado para cama, mesa e banho”, explicou, acrescentando que é um tipo mais caro de plástico.

     



    Apontou que, neste período de pandemia, muitas indústrias de cama, mesa e banho acabaram deixando de trabalhar com o PVC, que é um material mais nobre na qualidade, e adotaram o polietileno e polipropileno, por conta da falta de mão de obra. “Não é um movimento exclusivo da empresa, mas de todo o sistema que precisa suprir o segmento das indústrias de cama, mesa e banho e demais indústrias têxteis. Desde 1990, somos referência no desenvolvimento de embalagens em PVC e estamos percebendo um decréscimo nos números de entrega, perdendo espaços para outros estados. Inclusive marcas deste segmento já importam da China porque não existe esta opção a nível regional”, lamentou.

     

    Em relação ao questionamento do vereador Alemão sobre a cartela de clientes que a empresa atende, o diretor Juliano citou que é um portfólio variado e misto, atendendo grandes e pequenos clientes, tentando equilibrar para poder atender com excelência.

     

    O vereador Bruno Cunha enalteceu o quanto o trabalho desta comissão é importante para encontrar soluções para os movimentos econômico e sociais da cidade e o fortalecimento da economia, especificamente das indústrias. Falou da necessidade que é de a Câmara fazer parte disso, entender as dificuldades do setor para buscar melhorar as situações e fazer as conexões, na busca de parcerias com a iniciativa privada e pública. "Nós percebemos no dia a dia as pessoas querendo uma oportunidade e muitas empresas com vagas disponíveis, inclusive abertas para oferecer cursos, por isso cabe a nós fazermos estas conexões”, apontou, acrescentando que também enxerga como necessário o avanço da inovação e tecnologia dentro da administração pública, não só no setor privado.

     

    Anderson Veiga, representante da Praça do Empreendedor, apontou que ao passar dos anos o poder público, tanto Câmara de Vereadores como prefeitura, estão cada vez mais próximos do setor privado. Como exemplo disso citou que recentemente Blumenau assinou um convênio com o Sebrae dentro do “Cidade Empreendedora”. Apontou que a Praça do Empreendedor está cada vez mais próxima e trabalhando na abertura de empresas, para ter uma aproximação dos empresários, ouvindo seus anseios e dificuldades e procurando buscar atender dentro da realidade do município. Apontou que o Sebrae está junto da prefeitura neste processo, conversando e dando orientações e reconheceu a importância das parcerias para que isso funcione e coloque cada vez mais Blumenau num patamar de desenvolvimento. Ele se colocou à disposição da comissão, da Câmara e do empresário para buscar as parcerias.

     

    O vereador Almir Vieira abriu para o grupo dar sugestões e ideias e abrir um diálogo para a construção de possíveis parcerias com o poder público em cursos e capacitações. Nilson Passarin destacou a importância desta comissão para tratar dos anseios das micro e pequenas empresas do município. Parabenizou a Câmara por fazer este diálogo. Destacou que a Secretaria de Desenvolvimento de Blumenau é a única do país que faz parte do Fórum Nacional da micro e pequena empresa, ajudando na construção da política pública nacional. Reconheceu as dificuldades que os empresários enfrentam no dia a dia, como na captação de empréstimos e de recursos. Por fim, se colocou à disposição da comissão para marcar uma reunião na secretaria para discutir algumas ideias que a pasta tem e que podem ser trabalhadas em parceria com o poder público, inclusive adiantou que existem alguns espaços que podem ser utilizados para capacitações e cursos.

     

    O vereador Carlos Wagner adiantou que vem conversando e articulando com a Secretaria Municipal de Educação, com a Fiesc e com os responsáveis pelo Programa Entra21 para desenvolver um projeto júnior, que leve para dentro das escolas públicas municipais, nos laboratórios de informática, a capacitação de crianças e adolescentes, criando um novo modelo do programa, no qual os jovens são treinados e capacitados mais cedo.

     

    O presidente Almir Vieira comunicou que a próxima reunião está pré-agendada para o dia 28 de outubro, adiantando que será convidado para o encontro o proprietário da Kraft Heinz, empresa que recentemente celebrou um contrato de compra da Hemmer, para apresentação e explanação de como vai funcionar este processo.

     

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    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB | Fotos: Denner Ovidio | Imprensa CMB

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  • Frentes Parlamentares
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  • A Frente Parlamentar em defesa de políticas públicas para os pequenos empreendedores de Blumenau se reuniu, na manhã desta quinta-feira (30), no Plenário da Câmara, para ouvir os anseios e as dificuldades dos empresários da cidade, especificamente da área da indústria. Estiveram presentes o presidente da Frente, Almir Vieira (PP), o vice-presidente Bruno Cunha (Cidadania), e o relator Carlos Wagner – Alemão (PSL); além do diretor de Micro e Pequenas Empresas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Nilson Passarin, o representante da Praça do Empreendedor, Anderson Veiga e os empresários Juliano Kreutzfeldt e João de Paula. As entidades do sistema S, como Senai, Sesi e Fiesc, não mandaram representantes.

     

    O presidente Almir Vieira explicou que a ideia do encontro foi ouvir a apresentação dos empresários da indústria plástica e conhecer as dificuldades e os anseios, principalmente na questão da falta de mão de obra. Apontou que o mercado está aberto esperando por profissionais capacitados. Adiantou que esse encontro também pode servir para começar a se discutir parcerias público-privadas entre empresas, o poder público e a Fiesc para a realização de cursos e capacitação de profissionais, nas quais o poder público poderia estar cedendo o espaço, e o sistema S também poderia colocar na grade curricular o oferecimento de cursos nesta área.

     

    O diretor da Indaplast, Juliano Kreutzfeldt, apontou que a indústria está enfrentando algumas dificuldades, mas que a principal é a falta de mão de obra especializada. Informou que a empresa é jovem, com dois anos de existência e passou por dificuldades e precisou se reinventar no cenário de pandemia. “Dificuldades de matéria-prima, insumo caro, dificuldade de acessibilidade e também a mão de obra escassa. Mas estamos sobrevivendo. O mercado está crescendo cada vez mais e com uma demanda extremamente volumosa”, relatou. Afirmou que a empresa trabalha e acredita no processo de ensino-aprendizagem, que atua no desenvolvimento através do aprendizado, fazendo capacitações, mas que em determinados momentos se faz necessário um processo mais acelerado para que o produto final seja entregue de forma rápida para o cliente, obedecendo as cláusulas contratuais.

     

    Kreutzfeldt explicou que fabrica material para o segmento de cama, mesa, banho, brinquedos e outros. Apontou que, atualmente, a empresa conta com 14 colaboradores trabalhando no primeiro turno e está contratando mais sete, com a ideia de expandir, mas disse que é preciso planejamento. “Nós temos a ideia de expandir para outros mercados, mas precisamos de mais mão de obra especializada. Nós prezamos por excelência. Antes de pensar na expansão, seguimos a linha de entregar menos, mas entregar com qualidade, com eficiência e cumprir os prazos. Devido à falta de mão de obra especializada precisamos diminuir o ritmo de crescimento e, consequentemente, de geração de emprego e de oportunidades”, lamentou.

     

    Também informou que a empresa está trabalhando para aliar a inovação tecnológica com a indústria dentro de um conceito da cadeia produtiva. Ele também apresentou uma embalagem que é desenvolvida pela empresa e explicou o quanto requer uma mão de obra especializada. “Para o profissional que está começando e vem da área têxtil para o plástico, por exemplo, leva em torno de 12 meses para apresentar resultados de alta produtividade. Isso é bastante tempo e, às vezes, a necessidade é imediata e precisa acontecer mais rapidamente. Isso demonstra o elevado grau de complexidade que é manusear este tipo de material”, explicou, acrescentando que capacitar e treinar é importante e faz parte do processo de inclusão, mas que, em determinados momentos, é preciso de um ritmo acelerado e de pessoas já capacitadas.

     

    Em relação ao questionamento do vereador Alemão sobre se este material é reciclável, o também diretor da Indaplast, João de Paula, explicou que o material tem na sua composição aproximadamente de 20% a 30% de reciclagem e 70% é de material virgem. “O tipo de plástico que utilizamos é o PVC, é um dos plásticos mais atóxicos no mercado e com maior índice de reaproveitamento e da reciclagem. É o mesmo material utilizado para fazer as bolsas de transfusão de sangue e bolsas de urina utilizadas em hospitais. É um plástico com maior usabilidade no mundo e que poucas pessoas conhecem e que na nossa região é utilizado para cama, mesa e banho”, explicou, acrescentando que é um tipo mais caro de plástico.

     



    Apontou que, neste período de pandemia, muitas indústrias de cama, mesa e banho acabaram deixando de trabalhar com o PVC, que é um material mais nobre na qualidade, e adotaram o polietileno e polipropileno, por conta da falta de mão de obra. “Não é um movimento exclusivo da empresa, mas de todo o sistema que precisa suprir o segmento das indústrias de cama, mesa e banho e demais indústrias têxteis. Desde 1990, somos referência no desenvolvimento de embalagens em PVC e estamos percebendo um decréscimo nos números de entrega, perdendo espaços para outros estados. Inclusive marcas deste segmento já importam da China porque não existe esta opção a nível regional”, lamentou.

     

    Em relação ao questionamento do vereador Alemão sobre a cartela de clientes que a empresa atende, o diretor Juliano citou que é um portfólio variado e misto, atendendo grandes e pequenos clientes, tentando equilibrar para poder atender com excelência.

     

    O vereador Bruno Cunha enalteceu o quanto o trabalho desta comissão é importante para encontrar soluções para os movimentos econômico e sociais da cidade e o fortalecimento da economia, especificamente das indústrias. Falou da necessidade que é de a Câmara fazer parte disso, entender as dificuldades do setor para buscar melhorar as situações e fazer as conexões, na busca de parcerias com a iniciativa privada e pública. "Nós percebemos no dia a dia as pessoas querendo uma oportunidade e muitas empresas com vagas disponíveis, inclusive abertas para oferecer cursos, por isso cabe a nós fazermos estas conexões”, apontou, acrescentando que também enxerga como necessário o avanço da inovação e tecnologia dentro da administração pública, não só no setor privado.

     

    Anderson Veiga, representante da Praça do Empreendedor, apontou que ao passar dos anos o poder público, tanto Câmara de Vereadores como prefeitura, estão cada vez mais próximos do setor privado. Como exemplo disso citou que recentemente Blumenau assinou um convênio com o Sebrae dentro do “Cidade Empreendedora”. Apontou que a Praça do Empreendedor está cada vez mais próxima e trabalhando na abertura de empresas, para ter uma aproximação dos empresários, ouvindo seus anseios e dificuldades e procurando buscar atender dentro da realidade do município. Apontou que o Sebrae está junto da prefeitura neste processo, conversando e dando orientações e reconheceu a importância das parcerias para que isso funcione e coloque cada vez mais Blumenau num patamar de desenvolvimento. Ele se colocou à disposição da comissão, da Câmara e do empresário para buscar as parcerias.

     

    O vereador Almir Vieira abriu para o grupo dar sugestões e ideias e abrir um diálogo para a construção de possíveis parcerias com o poder público em cursos e capacitações. Nilson Passarin destacou a importância desta comissão para tratar dos anseios das micro e pequenas empresas do município. Parabenizou a Câmara por fazer este diálogo. Destacou que a Secretaria de Desenvolvimento de Blumenau é a única do país que faz parte do Fórum Nacional da micro e pequena empresa, ajudando na construção da política pública nacional. Reconheceu as dificuldades que os empresários enfrentam no dia a dia, como na captação de empréstimos e de recursos. Por fim, se colocou à disposição da comissão para marcar uma reunião na secretaria para discutir algumas ideias que a pasta tem e que podem ser trabalhadas em parceria com o poder público, inclusive adiantou que existem alguns espaços que podem ser utilizados para capacitações e cursos.

     

    O vereador Carlos Wagner adiantou que vem conversando e articulando com a Secretaria Municipal de Educação, com a Fiesc e com os responsáveis pelo Programa Entra21 para desenvolver um projeto júnior, que leve para dentro das escolas públicas municipais, nos laboratórios de informática, a capacitação de crianças e adolescentes, criando um novo modelo do programa, no qual os jovens são treinados e capacitados mais cedo.

     

    O presidente Almir Vieira comunicou que a próxima reunião está pré-agendada para o dia 28 de outubro, adiantando que será convidado para o encontro o proprietário da Kraft Heinz, empresa que recentemente celebrou um contrato de compra da Hemmer, para apresentação e explanação de como vai funcionar este processo.

     

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    O vídeo na íntegra da reunião da Frente Parlamentar

     

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    Fonte: Assessoria de Imprensa CMB | Fotos: Denner Ovidio | Imprensa CMB