Em Frente Parlamentar da Câmara, empresários da indústria plástica expõem dificuldades por falta de mão de obra especializada
A Frente Parlamentar em defesa de políticas públicas para os pequenos empreendedores de Blumenau se reuniu, na manhã desta quinta-feira (30), no Plenário da Câmara, para ouvir os anseios e as dificuldades dos empresários da cidade, especificamente da área da indústria. Estiveram presentes o presidente da Frente, Almir Vieira (PP), o vice-presidente Bruno Cunha (Cidadania), e o relator Carlos Wagner – Alemão (PSL); além do diretor de Micro e Pequenas Empresas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Nilson Passarin, o representante da Praça do Empreendedor, Anderson Veiga e os empresários Juliano Kreutzfeldt e João de Paula. As entidades do sistema S, como Senai, Sesi e Fiesc, não mandaram representantes.
O presidente Almir Vieira explicou que a ideia do encontro foi ouvir a apresentação dos empresários da indústria plástica e conhecer as dificuldades e os anseios, principalmente na questão da falta de mão de obra. Apontou que o mercado está aberto esperando por profissionais capacitados. Adiantou que esse encontro também pode servir para começar a se discutir parcerias público-privadas entre empresas, o poder público e a Fiesc para a realização de cursos e capacitação de profissionais, nas quais o poder público poderia estar cedendo o espaço, e o sistema S também poderia colocar na grade curricular o oferecimento de cursos nesta área.
O diretor da Indaplast, Juliano Kreutzfeldt, apontou que a indústria está enfrentando algumas dificuldades, mas que a principal é a falta de mão de obra especializada. Informou que a empresa é jovem, com dois anos de existência e passou por dificuldades e precisou se reinventar no cenário de pandemia. “Dificuldades de matéria-prima, insumo caro, dificuldade de acessibilidade e também a mão de obra escassa. Mas estamos sobrevivendo. O mercado está crescendo cada vez mais e com uma demanda extremamente volumosa”, relatou. Afirmou que a empresa trabalha e acredita no processo de ensino-aprendizagem, que atua no desenvolvimento através do aprendizado, fazendo capacitações, mas que em determinados momentos se faz necessário um processo mais acelerado para que o produto final seja entregue de forma rápida para o cliente, obedecendo as cláusulas contratuais.
Kreutzfeldt explicou que fabrica material para o segmento de cama, mesa, banho, brinquedos e outros. Apontou que, atualmente, a empresa conta com 14 colaboradores trabalhando no primeiro turno e está contratando mais sete, com a ideia de expandir, mas disse que é preciso planejamento. “Nós temos a ideia de expandir para outros mercados, mas precisamos de mais mão de obra especializada. Nós prezamos por excelência. Antes de pensar na expansão, seguimos a linha de entregar menos, mas entregar com qualidade, com eficiência e cumprir os prazos. Devido à falta de mão de obra especializada precisamos diminuir o ritmo de crescimento e, consequentemente, de geração de emprego e de oportunidades”, lamentou.
Também informou que a empresa está trabalhando para aliar a inovação tecnológica com a indústria dentro de um conceito da cadeia produtiva. Ele também apresentou uma embalagem que é desenvolvida pela empresa e explicou o quanto requer uma mão de obra especializada. “Para o profissional que está começando e vem da área têxtil para o plástico, por exemplo, leva em torno de 12 meses para apresentar resultados de alta produtividade. Isso é bastante tempo e, às vezes, a necessidade é imediata e precisa acontecer mais rapidamente. Isso demonstra o elevado grau de complexidade que é manusear este tipo de material”, explicou, acrescentando que capacitar e treinar é importante e faz parte do processo de inclusão, mas que, em determinados momentos, é preciso de um ritmo acelerado e de pessoas já capacitadas.
Em relação ao questionamento do vereador Alemão sobre se este material é reciclável, o também diretor da Indaplast, João de Paula, explicou que o material tem na sua composição aproximadamente de 20% a 30% de reciclagem e 70% é de material virgem. “O tipo de plástico que utilizamos é o PVC, é um dos plásticos mais atóxicos no mercado e com maior índice de reaproveitamento e da reciclagem. É o mesmo material utilizado para fazer as bolsas de transfusão de sangue e bolsas de urina utilizadas em hospitais. É um plástico com maior usabilidade no mundo e que poucas pessoas conhecem e que na nossa região é utilizado para cama, mesa e banho”, explicou, acrescentando que é um tipo mais caro de plástico.
Apontou que, neste período de pandemia, muitas indústrias de cama, mesa e banho acabaram deixando de trabalhar com o PVC, que é um material mais nobre na qualidade, e adotaram o polietileno e polipropileno, por conta da falta de mão de obra. “Não é um movimento exclusivo da empresa, mas de todo o sistema que precisa suprir o segmento das indústrias de cama, mesa e banho e demais indústrias têxteis. Desde 1990, somos referência no desenvolvimento de embalagens em PVC e estamos percebendo um decréscimo nos números de entrega, perdendo espaços para outros estados. Inclusive marcas deste segmento já importam da China porque não existe esta opção a nível regional”, lamentou.
Em relação ao questionamento do vereador Alemão sobre a cartela de clientes que a empresa atende, o diretor Juliano citou que é um portfólio variado e misto, atendendo grandes e pequenos clientes, tentando equilibrar para poder atender com excelência.
O vereador Bruno Cunha enalteceu o quanto o trabalho desta comissão é importante para encontrar soluções para os movimentos econômico e sociais da cidade e o fortalecimento da economia, especificamente das indústrias. Falou da necessidade que é de a Câmara fazer parte disso, entender as dificuldades do setor para buscar melhorar as situações e fazer as conexões, na busca de parcerias com a iniciativa privada e pública. "Nós percebemos no dia a dia as pessoas querendo uma oportunidade e muitas empresas com vagas disponíveis, inclusive abertas para oferecer cursos, por isso cabe a nós fazermos estas conexões”, apontou, acrescentando que também enxerga como necessário o avanço da inovação e tecnologia dentro da administração pública, não só no setor privado.
Anderson Veiga, representante da Praça do Empreendedor, apontou que ao passar dos anos o poder público, tanto Câmara de Vereadores como prefeitura, estão cada vez mais próximos do setor privado. Como exemplo disso citou que recentemente Blumenau assinou um convênio com o Sebrae dentro do “Cidade Empreendedora”. Apontou que a Praça do Empreendedor está cada vez mais próxima e trabalhando na abertura de empresas, para ter uma aproximação dos empresários, ouvindo seus anseios e dificuldades e procurando buscar atender dentro da realidade do município. Apontou que o Sebrae está junto da prefeitura neste processo, conversando e dando orientações e reconheceu a importância das parcerias para que isso funcione e coloque cada vez mais Blumenau num patamar de desenvolvimento. Ele se colocou à disposição da comissão, da Câmara e do empresário para buscar as parcerias.
O vereador Almir Vieira abriu para o grupo dar sugestões e ideias e abrir um diálogo para a construção de possíveis parcerias com o poder público em cursos e capacitações. Nilson Passarin destacou a importância desta comissão para tratar dos anseios das micro e pequenas empresas do município. Parabenizou a Câmara por fazer este diálogo. Destacou que a Secretaria de Desenvolvimento de Blumenau é a única do país que faz parte do Fórum Nacional da micro e pequena empresa, ajudando na construção da política pública nacional. Reconheceu as dificuldades que os empresários enfrentam no dia a dia, como na captação de empréstimos e de recursos. Por fim, se colocou à disposição da comissão para marcar uma reunião na secretaria para discutir algumas ideias que a pasta tem e que podem ser trabalhadas em parceria com o poder público, inclusive adiantou que existem alguns espaços que podem ser utilizados para capacitações e cursos.
O vereador Carlos Wagner adiantou que vem conversando e articulando com a Secretaria Municipal de Educação, com a Fiesc e com os responsáveis pelo Programa Entra21 para desenvolver um projeto júnior, que leve para dentro das escolas públicas municipais, nos laboratórios de informática, a capacitação de crianças e adolescentes, criando um novo modelo do programa, no qual os jovens são treinados e capacitados mais cedo.
O presidente Almir Vieira comunicou que a próxima reunião está pré-agendada para o dia 28 de outubro, adiantando que será convidado para o encontro o proprietário da Kraft Heinz, empresa que recentemente celebrou um contrato de compra da Hemmer, para apresentação e explanação de como vai funcionar este processo.
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O vídeo na íntegra da reunião da Frente Parlamentar
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Fonte: Assessoria de Imprensa CMB | Fotos: Denner Ovidio | Imprensa CMB
Em Frente Parlamentar da Câmara, empresários da indústria plástica expõem dificuldades por falta de mão de obra especializada
A Frente Parlamentar em defesa de políticas públicas para os pequenos empreendedores de Blumenau se reuniu, na manhã desta quinta-feira (30), no Plenário da Câmara, para ouvir os anseios e as dificuldades dos empresários da cidade, especificamente da área da indústria. Estiveram presentes o presidente da Frente, Almir Vieira (PP), o vice-presidente Bruno Cunha (Cidadania), e o relator Carlos Wagner – Alemão (PSL); além do diretor de Micro e Pequenas Empresas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Nilson Passarin, o representante da Praça do Empreendedor, Anderson Veiga e os empresários Juliano Kreutzfeldt e João de Paula. As entidades do sistema S, como Senai, Sesi e Fiesc, não mandaram representantes.
O presidente Almir Vieira explicou que a ideia do encontro foi ouvir a apresentação dos empresários da indústria plástica e conhecer as dificuldades e os anseios, principalmente na questão da falta de mão de obra. Apontou que o mercado está aberto esperando por profissionais capacitados. Adiantou que esse encontro também pode servir para começar a se discutir parcerias público-privadas entre empresas, o poder público e a Fiesc para a realização de cursos e capacitação de profissionais, nas quais o poder público poderia estar cedendo o espaço, e o sistema S também poderia colocar na grade curricular o oferecimento de cursos nesta área.
O diretor da Indaplast, Juliano Kreutzfeldt, apontou que a indústria está enfrentando algumas dificuldades, mas que a principal é a falta de mão de obra especializada. Informou que a empresa é jovem, com dois anos de existência e passou por dificuldades e precisou se reinventar no cenário de pandemia. “Dificuldades de matéria-prima, insumo caro, dificuldade de acessibilidade e também a mão de obra escassa. Mas estamos sobrevivendo. O mercado está crescendo cada vez mais e com uma demanda extremamente volumosa”, relatou. Afirmou que a empresa trabalha e acredita no processo de ensino-aprendizagem, que atua no desenvolvimento através do aprendizado, fazendo capacitações, mas que em determinados momentos se faz necessário um processo mais acelerado para que o produto final seja entregue de forma rápida para o cliente, obedecendo as cláusulas contratuais.
Kreutzfeldt explicou que fabrica material para o segmento de cama, mesa, banho, brinquedos e outros. Apontou que, atualmente, a empresa conta com 14 colaboradores trabalhando no primeiro turno e está contratando mais sete, com a ideia de expandir, mas disse que é preciso planejamento. “Nós temos a ideia de expandir para outros mercados, mas precisamos de mais mão de obra especializada. Nós prezamos por excelência. Antes de pensar na expansão, seguimos a linha de entregar menos, mas entregar com qualidade, com eficiência e cumprir os prazos. Devido à falta de mão de obra especializada precisamos diminuir o ritmo de crescimento e, consequentemente, de geração de emprego e de oportunidades”, lamentou.
Também informou que a empresa está trabalhando para aliar a inovação tecnológica com a indústria dentro de um conceito da cadeia produtiva. Ele também apresentou uma embalagem que é desenvolvida pela empresa e explicou o quanto requer uma mão de obra especializada. “Para o profissional que está começando e vem da área têxtil para o plástico, por exemplo, leva em torno de 12 meses para apresentar resultados de alta produtividade. Isso é bastante tempo e, às vezes, a necessidade é imediata e precisa acontecer mais rapidamente. Isso demonstra o elevado grau de complexidade que é manusear este tipo de material”, explicou, acrescentando que capacitar e treinar é importante e faz parte do processo de inclusão, mas que, em determinados momentos, é preciso de um ritmo acelerado e de pessoas já capacitadas.
Em relação ao questionamento do vereador Alemão sobre se este material é reciclável, o também diretor da Indaplast, João de Paula, explicou que o material tem na sua composição aproximadamente de 20% a 30% de reciclagem e 70% é de material virgem. “O tipo de plástico que utilizamos é o PVC, é um dos plásticos mais atóxicos no mercado e com maior índice de reaproveitamento e da reciclagem. É o mesmo material utilizado para fazer as bolsas de transfusão de sangue e bolsas de urina utilizadas em hospitais. É um plástico com maior usabilidade no mundo e que poucas pessoas conhecem e que na nossa região é utilizado para cama, mesa e banho”, explicou, acrescentando que é um tipo mais caro de plástico.
Apontou que, neste período de pandemia, muitas indústrias de cama, mesa e banho acabaram deixando de trabalhar com o PVC, que é um material mais nobre na qualidade, e adotaram o polietileno e polipropileno, por conta da falta de mão de obra. “Não é um movimento exclusivo da empresa, mas de todo o sistema que precisa suprir o segmento das indústrias de cama, mesa e banho e demais indústrias têxteis. Desde 1990, somos referência no desenvolvimento de embalagens em PVC e estamos percebendo um decréscimo nos números de entrega, perdendo espaços para outros estados. Inclusive marcas deste segmento já importam da China porque não existe esta opção a nível regional”, lamentou.
Em relação ao questionamento do vereador Alemão sobre a cartela de clientes que a empresa atende, o diretor Juliano citou que é um portfólio variado e misto, atendendo grandes e pequenos clientes, tentando equilibrar para poder atender com excelência.
O vereador Bruno Cunha enalteceu o quanto o trabalho desta comissão é importante para encontrar soluções para os movimentos econômico e sociais da cidade e o fortalecimento da economia, especificamente das indústrias. Falou da necessidade que é de a Câmara fazer parte disso, entender as dificuldades do setor para buscar melhorar as situações e fazer as conexões, na busca de parcerias com a iniciativa privada e pública. "Nós percebemos no dia a dia as pessoas querendo uma oportunidade e muitas empresas com vagas disponíveis, inclusive abertas para oferecer cursos, por isso cabe a nós fazermos estas conexões”, apontou, acrescentando que também enxerga como necessário o avanço da inovação e tecnologia dentro da administração pública, não só no setor privado.
Anderson Veiga, representante da Praça do Empreendedor, apontou que ao passar dos anos o poder público, tanto Câmara de Vereadores como prefeitura, estão cada vez mais próximos do setor privado. Como exemplo disso citou que recentemente Blumenau assinou um convênio com o Sebrae dentro do “Cidade Empreendedora”. Apontou que a Praça do Empreendedor está cada vez mais próxima e trabalhando na abertura de empresas, para ter uma aproximação dos empresários, ouvindo seus anseios e dificuldades e procurando buscar atender dentro da realidade do município. Apontou que o Sebrae está junto da prefeitura neste processo, conversando e dando orientações e reconheceu a importância das parcerias para que isso funcione e coloque cada vez mais Blumenau num patamar de desenvolvimento. Ele se colocou à disposição da comissão, da Câmara e do empresário para buscar as parcerias.
O vereador Almir Vieira abriu para o grupo dar sugestões e ideias e abrir um diálogo para a construção de possíveis parcerias com o poder público em cursos e capacitações. Nilson Passarin destacou a importância desta comissão para tratar dos anseios das micro e pequenas empresas do município. Parabenizou a Câmara por fazer este diálogo. Destacou que a Secretaria de Desenvolvimento de Blumenau é a única do país que faz parte do Fórum Nacional da micro e pequena empresa, ajudando na construção da política pública nacional. Reconheceu as dificuldades que os empresários enfrentam no dia a dia, como na captação de empréstimos e de recursos. Por fim, se colocou à disposição da comissão para marcar uma reunião na secretaria para discutir algumas ideias que a pasta tem e que podem ser trabalhadas em parceria com o poder público, inclusive adiantou que existem alguns espaços que podem ser utilizados para capacitações e cursos.
O vereador Carlos Wagner adiantou que vem conversando e articulando com a Secretaria Municipal de Educação, com a Fiesc e com os responsáveis pelo Programa Entra21 para desenvolver um projeto júnior, que leve para dentro das escolas públicas municipais, nos laboratórios de informática, a capacitação de crianças e adolescentes, criando um novo modelo do programa, no qual os jovens são treinados e capacitados mais cedo.
O presidente Almir Vieira comunicou que a próxima reunião está pré-agendada para o dia 28 de outubro, adiantando que será convidado para o encontro o proprietário da Kraft Heinz, empresa que recentemente celebrou um contrato de compra da Hemmer, para apresentação e explanação de como vai funcionar este processo.
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O vídeo na íntegra da reunião da Frente Parlamentar
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Fonte: Assessoria de Imprensa CMB | Fotos: Denner Ovidio | Imprensa CMB