Comissão da Câmara se reúne com cooperativas e com Samae para debater a reciclagem em Blumenau
A Comissão Legislativa Temporária Especial para constituir debates, acompanhar melhorias, avanços, investimentos e projetos na área do tratamento, recolhimento, reparação, reciclagem e trabalho com cooperativados do lixo em Blumenau se reuniu, pela primeira vez, na manhã desta quinta-feira (1°), com representantes da Cooperreciblu - Cooperativa de Resíduos Recicláveis de Blumenau; da Cooperblu e do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). Em um primeiro momento foram eleitos os cargos da comissão. A presidência ficou com o vereador Adriano Pereira (PT); o vice-presidente é o vereador Maurício Goll (PSDB) e a relatoria é do vereador Carlos Wagner - Alemão (União Brasil), que justificou ausência.
O presidente Adriano Pereira agradeceu as presenças de todos os representantes. Explicou que o objetivo da reunião foi abrir o espaço do Poder Legislativo municipal para debater questões sobre o lixo reciclado, sobre a coleta seletiva, debater questões relacionadas ao meio ambiente. Durante a reunião foi trazida a preocupação com a destinação do lixo reciclado, a possibilidade de melhorar o apoio e melhorar as condições de trabalho das cooperativas no município, como questões técnicas e de estrutura e também das pessoas autônomas que vivem desta renda, principalmente fazendo a inclusão social, entre outros pontos.
O encontro também serviu para ouvir ideias e sugestões que podem ser trazidas por todos estes entes para melhorar a política de resíduos sólidos dentro do município, inclusive trazendo iniciativas que deram certo em outras cidades e que podem ser implantadas em Blumenau. “Existem projetos interessantes em muitas cidades da região, inclusive um exemplo é o projeto cata treco, que através da assistência social do município recolhe móveis e eletrodomésticos descartados que ainda estão em condição de uso e os destina para as famílias carentes”, citou o presidente. Apontou que as cooperativas aproveitaram esta reunião ainda para pedir apoio do Poder Legislativo. O vereador destacou como as cooperativas e também os catadores autônomos fazem um trabalho essencial para o município e toda a sua contribuição para o meio ambiente.
O representante da Cooperreciblu, Arnoldo Pahl, apontou que é importante essa comissão formada pela Câmara de Vereadores sobre este assunto e ficou contente de participar do grupo. Apontou que são 7 anos de cooperativa e 20 anos como associação no município. “Eu acredito que a Câmara Municipal de Blumenau tem bastante trabalho a fazer nesse sentido, porque a coleta seletiva e a coleta de resíduos carece de algumas normativas institucionais, leis e campanhas publicitárias, pois hoje temos uma coleta seletiva onde quase a metade é rejeito e vai para o lixo. Em média, 55 a 60% do material recolhido através da coleta seletiva não é adequado e dificulta o trabalho das cooperativas. Por isso, precisamos que a Câmara comece a legislar mais forte em cima disso, com a colaboração do Samae, que tem feito um bom trabalho neste sentido. Eu também defendo que devemos aumentar a mecanização. Blumenau tem muito a melhorar neste sentido, principalmente da coleta seletiva, assim como nós vemos em outros municípios da região que estão mais organizados no que diz respeito ao que é coleta normal e o que é coleta seletiva”, apontou. Destacou o papel social importante que a cooperativa desempenha no município, sendo 65 cooperados, inclusive empregando estrangeiros e realizando a logística reversa.
Ele também falou da importância da realização de campanhas e programas nas escolas relacionados à educação e saneamento, principalmente com as crianças de 4º e 5º anos, como acontece em Jaraguá do Sul. Apontou que naquela cidade é realizado há 20 anos o programa de educação e saneamento, que faz parte da grade escolar. “O programa forma alunos em gestão ambiental, não abordando somente o lixo, mas a água, o esgoto, são vários temas relacionados à questão ambiental. Seria interessante enfatizar nesta faixa etária, pois esses estudantes depois repassam os conhecimentos em casa e fazem a diferença”, salientou, apontando que dessa forma as pessoas cada vez mais tomam consciência ambiental.
O sócio fundador da Cooperblu, Leonildo dos Santos, expressou sua gratidão por participar desta reunião. Apontou que a cooperativa trabalha num galpão alugado e pago com recursos próprios e conta com 10 pessoas. Agradeceu pelo apoio recebido do município. Ele se manifestou contra a mecanização e defendeu melhores condições de trabalho para os cooperados com estruturas adequadas. Sugeriu durante a reunião a criação de postos de coleta em várias localidades do município, como forma de inclusão social daqueles que são catadores autônomos. Também falou da importância da conscientização ambiental da população. Os representantes das cooperativas também falaram da importância de realizar fiscalização nos contentores, principalmente localizados na região central, inclusive falaram que muitos restaurantes fazem o descarte incorreto dos seus resíduos.
O diretor operacional do Samae, Felipe Leite, iniciou explicando que a população pode acessar o cronograma com os horários e dias da coleta convencional e seletiva no site do Samae – na área de resíduos sólidos. Apontou que em relação ao cronograma de coleta especial existe uma outra aba dentro do site. Na coleta especial são recolhidos itens volumosos como móveis e eletrodomésticos. O cronograma já se encerrou, mas é possível a população entrar em contato com o WhatsApp 99976941 e agendar coleta até o dia 25 de dezembro. Em relação a problemas com a coleta seletiva, o diretor explicou que se existe algum logradouro que não está tendo coleta seletiva, o munícipe pode abrir um chamado junto aos canais de comunicação dos resíduos sólidos. “O fiscal comparece até a rua e se essa não foi contemplada no projeto básico do contrato vigente, nós fazemos um despacho solicitando a implementação da coleta seletiva no referido logradouro”, explicou. Ele também falou do projeto do cata treco. Sugeriu que seria interessante chamar representantes da Secretaria de Assistência Social e ter o envolvimento desses profissionais para criar os critérios para esse programa. O engenheiro sanitarista e ambiental do Samae, Raul Schramm Filho, apontou que a maior dificuldade seria na parte da logística de como fazer o transporte desses materiais e que isso poderia ser discutido na comissão.
Com relação às cooperativas, ele ressaltou que o Samae sabe da importância do trabalho dessas e afirmou que ao longo desse ano foi firmado um termo de cooperação técnica com a CooperBlu. Admitiu que existe muito a avançar, inclusive mencionou uma questão pendente em relação à Cooperreciblu de investigação ambiental sobre a utilização do imóvel hoje existente. “Mas em nenhum momento as cooperativas ficaram desabastecidas de qualquer resíduo para poder exercer suas atividades e sempre oferecemos qualquer suporte que tivesse ao alcance da autarquia”, afirmou.
Informou ainda que foi protocolado na Gerência de Suprimentos do Samae a contratação de uma empresa especializada para a confecção e elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada do município. Explicou que esse documento será tratado em audiências públicas e com participação dos conselhos pertinentes e com a população. “Esse documento será o norteador das nossas ações para os próximos 5, 10 e 15 anos. Nesse plano vamos elencar a necessidade ou interesse da população em contentores ou se preferem coleta porta a porta, a questão da compostagem no município e bem como prever os investimentos para cada área no tocante à logística reversa”, adiantou.
Felipe Leite ainda informou que a autarquia vem trabalhando no chamamento público para o tratamento do óleo de cozinha, no qual serão disponibilizados pontos de entrega voluntária em todos os espaços públicos, como Centros de Educação Infantil, escolas básicas, CRAS e em outras dependências públicas. Em paralelo também existe a formalização de um termo para a cooperação com a Acib para tratar do lixo eletrônico. Também informou que a autarquia, como forma de se aproximar da comunidade, está trabalhando na elaboração de um questionário online para a população responder diversas questões de como avalia a qualidade na prestação do serviço da coleta de resíduos convencionais e seletivos.
Por fim explicou sobre os contentores que foram instalados no município. Disse que a empresa vencedora tinha a previsão de instalação de 2.500 contentores, sendo que desde o primeiro ano esses contentores já foram implantados. Explicou que não existe previsão de instalação de novos contentores. Apontou que o contrato com essa empresa expira em setembro de 2023 e, passando este prazo, a autarquia vai estudar com mais órgãos e a população a avaliação de ampliação ou não, remetendo também à apreciação do Conselho Municipal de Saneamento. Ele apontou que nessa nova contratação já está prevista a disponibilização das sacolas verdes. Informou que também foram instaladas, neste ano, 160 cestas de lixo e já está em processo de aquisição de mais 200 cestas de lixo para o ano de 2023. Ele ressaltou ainda que mesmo nas ruas que não existem contentores, a coleta seletiva no município está sendo feita de porta em porta.
Por fim, o engenheiro sanitarista e ambiental do Samae, Raul Schramm Filho, também falou da importância do trabalho das cooperativas e sugeriu que a comissão envolva outras secretarias municipais como Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico e Secretaria de Educação para contribuir com a questão dos resíduos sólidos, pois este assunto envolve diversas dimensões desde a educacional, a social e a econômica. Ele também trouxe outras contribuições e sugestões para os temas expostos na reunião, em especial sobre reciclagem, melhores condições de trabalho dos cooperados, logística reversa, entre outras.
Fonte: Assessoria de Imprensa CMB | Fotos: Ingrid Leonel | Imprensa CMB
Comissão da Câmara se reúne com cooperativas e com Samae para debater a reciclagem em Blumenau
A Comissão Legislativa Temporária Especial para constituir debates, acompanhar melhorias, avanços, investimentos e projetos na área do tratamento, recolhimento, reparação, reciclagem e trabalho com cooperativados do lixo em Blumenau se reuniu, pela primeira vez, na manhã desta quinta-feira (1°), com representantes da Cooperreciblu - Cooperativa de Resíduos Recicláveis de Blumenau; da Cooperblu e do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). Em um primeiro momento foram eleitos os cargos da comissão. A presidência ficou com o vereador Adriano Pereira (PT); o vice-presidente é o vereador Maurício Goll (PSDB) e a relatoria é do vereador Carlos Wagner - Alemão (União Brasil), que justificou ausência.
O presidente Adriano Pereira agradeceu as presenças de todos os representantes. Explicou que o objetivo da reunião foi abrir o espaço do Poder Legislativo municipal para debater questões sobre o lixo reciclado, sobre a coleta seletiva, debater questões relacionadas ao meio ambiente. Durante a reunião foi trazida a preocupação com a destinação do lixo reciclado, a possibilidade de melhorar o apoio e melhorar as condições de trabalho das cooperativas no município, como questões técnicas e de estrutura e também das pessoas autônomas que vivem desta renda, principalmente fazendo a inclusão social, entre outros pontos.
O encontro também serviu para ouvir ideias e sugestões que podem ser trazidas por todos estes entes para melhorar a política de resíduos sólidos dentro do município, inclusive trazendo iniciativas que deram certo em outras cidades e que podem ser implantadas em Blumenau. “Existem projetos interessantes em muitas cidades da região, inclusive um exemplo é o projeto cata treco, que através da assistência social do município recolhe móveis e eletrodomésticos descartados que ainda estão em condição de uso e os destina para as famílias carentes”, citou o presidente. Apontou que as cooperativas aproveitaram esta reunião ainda para pedir apoio do Poder Legislativo. O vereador destacou como as cooperativas e também os catadores autônomos fazem um trabalho essencial para o município e toda a sua contribuição para o meio ambiente.
O representante da Cooperreciblu, Arnoldo Pahl, apontou que é importante essa comissão formada pela Câmara de Vereadores sobre este assunto e ficou contente de participar do grupo. Apontou que são 7 anos de cooperativa e 20 anos como associação no município. “Eu acredito que a Câmara Municipal de Blumenau tem bastante trabalho a fazer nesse sentido, porque a coleta seletiva e a coleta de resíduos carece de algumas normativas institucionais, leis e campanhas publicitárias, pois hoje temos uma coleta seletiva onde quase a metade é rejeito e vai para o lixo. Em média, 55 a 60% do material recolhido através da coleta seletiva não é adequado e dificulta o trabalho das cooperativas. Por isso, precisamos que a Câmara comece a legislar mais forte em cima disso, com a colaboração do Samae, que tem feito um bom trabalho neste sentido. Eu também defendo que devemos aumentar a mecanização. Blumenau tem muito a melhorar neste sentido, principalmente da coleta seletiva, assim como nós vemos em outros municípios da região que estão mais organizados no que diz respeito ao que é coleta normal e o que é coleta seletiva”, apontou. Destacou o papel social importante que a cooperativa desempenha no município, sendo 65 cooperados, inclusive empregando estrangeiros e realizando a logística reversa.
Ele também falou da importância da realização de campanhas e programas nas escolas relacionados à educação e saneamento, principalmente com as crianças de 4º e 5º anos, como acontece em Jaraguá do Sul. Apontou que naquela cidade é realizado há 20 anos o programa de educação e saneamento, que faz parte da grade escolar. “O programa forma alunos em gestão ambiental, não abordando somente o lixo, mas a água, o esgoto, são vários temas relacionados à questão ambiental. Seria interessante enfatizar nesta faixa etária, pois esses estudantes depois repassam os conhecimentos em casa e fazem a diferença”, salientou, apontando que dessa forma as pessoas cada vez mais tomam consciência ambiental.
O sócio fundador da Cooperblu, Leonildo dos Santos, expressou sua gratidão por participar desta reunião. Apontou que a cooperativa trabalha num galpão alugado e pago com recursos próprios e conta com 10 pessoas. Agradeceu pelo apoio recebido do município. Ele se manifestou contra a mecanização e defendeu melhores condições de trabalho para os cooperados com estruturas adequadas. Sugeriu durante a reunião a criação de postos de coleta em várias localidades do município, como forma de inclusão social daqueles que são catadores autônomos. Também falou da importância da conscientização ambiental da população. Os representantes das cooperativas também falaram da importância de realizar fiscalização nos contentores, principalmente localizados na região central, inclusive falaram que muitos restaurantes fazem o descarte incorreto dos seus resíduos.
O diretor operacional do Samae, Felipe Leite, iniciou explicando que a população pode acessar o cronograma com os horários e dias da coleta convencional e seletiva no site do Samae – na área de resíduos sólidos. Apontou que em relação ao cronograma de coleta especial existe uma outra aba dentro do site. Na coleta especial são recolhidos itens volumosos como móveis e eletrodomésticos. O cronograma já se encerrou, mas é possível a população entrar em contato com o WhatsApp 99976941 e agendar coleta até o dia 25 de dezembro. Em relação a problemas com a coleta seletiva, o diretor explicou que se existe algum logradouro que não está tendo coleta seletiva, o munícipe pode abrir um chamado junto aos canais de comunicação dos resíduos sólidos. “O fiscal comparece até a rua e se essa não foi contemplada no projeto básico do contrato vigente, nós fazemos um despacho solicitando a implementação da coleta seletiva no referido logradouro”, explicou. Ele também falou do projeto do cata treco. Sugeriu que seria interessante chamar representantes da Secretaria de Assistência Social e ter o envolvimento desses profissionais para criar os critérios para esse programa. O engenheiro sanitarista e ambiental do Samae, Raul Schramm Filho, apontou que a maior dificuldade seria na parte da logística de como fazer o transporte desses materiais e que isso poderia ser discutido na comissão.
Com relação às cooperativas, ele ressaltou que o Samae sabe da importância do trabalho dessas e afirmou que ao longo desse ano foi firmado um termo de cooperação técnica com a CooperBlu. Admitiu que existe muito a avançar, inclusive mencionou uma questão pendente em relação à Cooperreciblu de investigação ambiental sobre a utilização do imóvel hoje existente. “Mas em nenhum momento as cooperativas ficaram desabastecidas de qualquer resíduo para poder exercer suas atividades e sempre oferecemos qualquer suporte que tivesse ao alcance da autarquia”, afirmou.
Informou ainda que foi protocolado na Gerência de Suprimentos do Samae a contratação de uma empresa especializada para a confecção e elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada do município. Explicou que esse documento será tratado em audiências públicas e com participação dos conselhos pertinentes e com a população. “Esse documento será o norteador das nossas ações para os próximos 5, 10 e 15 anos. Nesse plano vamos elencar a necessidade ou interesse da população em contentores ou se preferem coleta porta a porta, a questão da compostagem no município e bem como prever os investimentos para cada área no tocante à logística reversa”, adiantou.
Felipe Leite ainda informou que a autarquia vem trabalhando no chamamento público para o tratamento do óleo de cozinha, no qual serão disponibilizados pontos de entrega voluntária em todos os espaços públicos, como Centros de Educação Infantil, escolas básicas, CRAS e em outras dependências públicas. Em paralelo também existe a formalização de um termo para a cooperação com a Acib para tratar do lixo eletrônico. Também informou que a autarquia, como forma de se aproximar da comunidade, está trabalhando na elaboração de um questionário online para a população responder diversas questões de como avalia a qualidade na prestação do serviço da coleta de resíduos convencionais e seletivos.
Por fim explicou sobre os contentores que foram instalados no município. Disse que a empresa vencedora tinha a previsão de instalação de 2.500 contentores, sendo que desde o primeiro ano esses contentores já foram implantados. Explicou que não existe previsão de instalação de novos contentores. Apontou que o contrato com essa empresa expira em setembro de 2023 e, passando este prazo, a autarquia vai estudar com mais órgãos e a população a avaliação de ampliação ou não, remetendo também à apreciação do Conselho Municipal de Saneamento. Ele apontou que nessa nova contratação já está prevista a disponibilização das sacolas verdes. Informou que também foram instaladas, neste ano, 160 cestas de lixo e já está em processo de aquisição de mais 200 cestas de lixo para o ano de 2023. Ele ressaltou ainda que mesmo nas ruas que não existem contentores, a coleta seletiva no município está sendo feita de porta em porta.
Por fim, o engenheiro sanitarista e ambiental do Samae, Raul Schramm Filho, também falou da importância do trabalho das cooperativas e sugeriu que a comissão envolva outras secretarias municipais como Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico e Secretaria de Educação para contribuir com a questão dos resíduos sólidos, pois este assunto envolve diversas dimensões desde a educacional, a social e a econômica. Ele também trouxe outras contribuições e sugestões para os temas expostos na reunião, em especial sobre reciclagem, melhores condições de trabalho dos cooperados, logística reversa, entre outras.
Fonte: Assessoria de Imprensa CMB | Fotos: Ingrid Leonel | Imprensa CMB