Salientou que essas instituições possuem características que as diferenciam de outras instituições educacionais, com a administração da escola sendo realizada de forma conjunta entre educadores civis e militares. Explicou que os aspectos pedagógicos são de responsabilidade dos professores e diretores civis. Já os militares da reserva cuidam da disciplina, da segurança e das atividades administrativas. “Queremos desmistificar o pensamento que, muitas vezes, as pessoas têm de como funciona esse modelo híbrido e de que não é um quartel e de que não estamos formando soldados. Todas as matérias previstas e as aulas continuam normalmente, os professores e diretores continuam desempenhando suas funções. Nós, militares, entramos com a questão da disciplina e nós temos as nossas atribuições definidas, de acordo com as legislações”, esclareceu. 

Apontou que essas escolas são conhecidas por serem um ambiente com disciplina, com regras claras e rigorosas de comportamento em que os alunos precisam seguir um regimento de convivência escolar, que enfatiza valores como o respeito, a hierarquia e a responsabilidade.  “O regimento foi construído com a participação dos alunos, dos professores, dos monitores, da APP, da gestão escolar, de tal forma que no documento tem todas as regras de convivência escolar, do que pode ou não pode fazer e também as consequências no caso de algum descumprimento”, apontou, citando, como exemplo, a obrigatoriedade do uniforme escolar padronizado. 

Por fim, o coronel explicou que, além das disciplinas tradicionais do currículo escolar,  os alunos participam de atividades complementares, onde são feitas aulas que abordam valores como: o civismo, ética, respeito, comprometimento, moral e programas de voluntariado, entre outros temas, que visam desenvolver o carácter e a cidadania dos estudantes. 

Também ocupou a Tribuna Livre, a estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Barão, Amanda Vieira Berndt, que apresentou aos vereadores mirins a sua experiência na participação do comitê de sustentabilidade da escola, o “Muda Barão”, além das atividades desempenhadas por este comitê, principalmente durante a Campanha do Junho Verde, ressaltando a sua importância. 

Ela explicou que o comitê surgiu em 2021 diante da participação em um  programa de parceria entre escolas internacionais e a Escola Barão, para discutir sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU e de como colocá-los em prática dentro do ambiente escolar. “Os estudantes viram a necessidade do projeto ser consolidado em um Comitê, pois os alunos perceberam que as iniciativas sustentáveis estavam partindo mais da administração escolar do que dos próprios alunos, foi então que criamos o Muda Barão”, apontou. 

Amanda salientou que o nome do comitê tem sentido ambíguo, sendo que ao mesmo tempo remete a planta e também ao verbo mudar, visando a mudança de hábitos. “Dessa forma, nós nos tornamos estudantes idealizadores, mas também realizadores, colocando todas as nossas ideias em prática de maneira efetiva”, assinalou, citando algumas ações já efetuadas dentro da escola, como a competição de limpeza, organização e separação de lixo nas salas de aula; a campanha de coleta e customização de cadernos usados; a campanha de arrecadação de tampinhas plásticas; visita técnica, criação de um ecoponto, entre outras atividades que visavam a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente. 

A estudante ressaltou que a Escola Barão, através do Comitê de Sustentabilidade, conquistou lugar entre os cinco finalistas nacionais no Prêmio Escolas Sustentáveis, que aconteceu nos dias 16 e 17 de outubro de 2023 em Brasília. Por fim, ela ainda divulgou as ações do comitê neste mês de junho. Apontou que o comitê fez parte da abertura da programação do Mês Junho Verde promovido pela prefeitura, além do lançamento, no dia 20 de junho, de um novo ecoponto, que foi pintado e reformado pelos próprios estudantes.

No momento dos discursos na tribuna, os parlamentares mirins abordaram temas de interesse da comunidade. O vereador mirim Lucas Jurk Deretti discorreu sobre o problema da fome no mundo, principalmente no Brasil, além de trazer dados que refletem essa triste realidade de pessoas que passam fome ou passam por alguma insegurança alimentar no Brasil. Ele também divulgou uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis que a escola onde estuda, Colégio Bom Jesus Santo Antônio, está promovendo. 

O vereador mirim Paulo Ricardo Bueno abordou sobre saúde pública e trouxe uma demanda da comunidade da Coripós, que sofre com a falta de médico no ESF Edemar Eduardo Winkler, localizado na Rua Aquidabã, 94, bairro Escola Agrícola. Apontou que isso ocorre constantemente, pois quando a médica desse posto de saúde fica doente ou por algum motivo não pode comparecer não há um profissional substituto para cuidar dos pacientes e os mesmos ficam sem receber nenhum atendimento. Salientou que a saúde é dever do Estado e direito de todos, pedindo providências para a contratação de profissionais reserva, principalmente médicos, para que nenhuma unidade de saúde fique sem atendimento. 

O vereador mirim Joseph Isaac Mertens falou sobre a situação da dengue no município, citando os casos de dengue, os que estão em investigação e as mortes registradas desde janeiro de 2024 até o mês de maio. Ele também citou os sintomas da doença e a necessidade de a população fazer a sua parte na prevenção da doença e no combate a proliferação do mosquito Aedes aegypti, citando também a vacinação de crianças e adolescentes contra a doença. 

A vereadora mirim Sofia Vogt Beyer falou sobre o aquecimento global e as consequências desse fenômeno para o planeta e para o ser humano. Ela apontou os desastres climáticos que assolaram os brasileiros nos últimos anos e a necessidade de mudanças urgentes nas atitudes humanas para que o planeta não entre em colapso. Ela convidou a cada um para que tome consciência e faça sua parte. Por fim, ela convidou a população para participar da programação do Junho Verde na cidade, um mês dedicado à sensibilização e conscientização ambiental. Citou as diversas ações que serão realizadas por meio da Secretaria municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade, em conjunto com instituições de ensino, empresas e organizações, promovendo campanhas em prol do meio ambiente e da sustentabilidade e dos recursos naturais.

A vereadora mirim Milena Junsek Borges ressaltou a importância dos momentos cívicos nas escolas, principalmente na Escola Cívico-Militar Coronel Pedro Christiano Feddersen, onde estuda. Apontou que os momentos cívicos são uma tradição muito importante, pois promovem o respeito e a responsabilidade cívica entre os alunos. Explicou que nessas ocasiões os alunos se reúnem para honrar os símbolos nacionais e refletir sobre valores cívicos em que se costumam cantar o Hino Nacional, ouvir discurso sobre temas relevantes e até relembrar datas importantes. Ressaltou ainda que momentos fortalecem os sentimentos de pertencimento à nação e cultivam valores fundamentais, contribuindo na formação dos estudantes. Além disso, a vereadora mirim ainda falou sobre a implantação e importância do Projeto das Escolas Cívico-Militares sendo que esse foi implantado na Escola Cívico-Militar Coronel Pedro Christiano Feddersen, onde estuda, explicando as atividades desenvolvidas e mostrando fotos.

A próxima sessão da Câmara Mirim será itinerante e será realizada no dia 24 de junho, às 15 horas, no Colégio Adventista de Blumenau.